Fleur Jaeggy nasceu em 1940, em Zurique. Passou a infância e adolescência em colégios internos na Suíça. Trabalhou brevemente como modelo fotográfico, antes de se mudar para Roma, nos anos 1960, onde passou a frequentar o círculo literário da época e se tornou amiga de escritores como Ingeborg Bachmann, Thomas Bernhard, Italo Calvino ou Joseph Brodsky. Em 1968, foi viver para Milão e começou a colaborar com a Adelphi, icónica casa editorial italiana. Nesse mesmo ano, casou-se, em Londres, com o escritor e editor Roberto Calasso, fundador da Adelphi. Traduziu Marcel Schwob, Thomas de Quincey e Robert Schumann; escreveu sobre John Keats e Robert Walser. Entre 1968 e 2014, publicou oito livros — uma obra breve, mas unanimemente reconhecida como intensa, peculiar, inesquecível. Na Alfaguara, estão publicados
Felizes anos de castigo (2023), distinguido com os prémios Bagutta, Speciale Rapallo, Boccaccio Europa e John Florio, e
Viagem no Proleterka (2024). Até agora inéditos em Portugal, os seus romances estão publicados em mais de vinte línguas, e Fleur Jaeggy alcançou o prestígio literário dos escritores de culto. Continua a viver em Milão, mantendo um quotidiano de quase reclusão.