MARIA LYGIA DE BORGES GARCIA (1927) é a manauara mais cuiabana do Brasil. Na infância e adolescência viveu no Rio de Janeiro, São Paulo e Aquidauana.
Seu bisavô paterno foi um grande seringalista na Amazônia, no rio Purus, no começo do século XX.
Seu pai, Francelino Leite Borges, estudou e foi criado em Hanover, na Alemanha e retornou ao Brasil durante a I Grande Guerra, sem falar o português. Seu avô materno era médico homeopata. Sua mãe, Alice de Germano Borges, exímia em bordados, também nasceu em Manaus. Aos 16 anos Maria Lygia mudou-se para Cuiabá, em viagem inesquecível pelo caminho das águas.
Chegou em 5 de abril de 1944, na lancha Guaporé. Desde então, um encontro definitivo se deu, e uma grande história de amor começou: pela cidade e sua gente, por Garcia Neto, seu companheiro de toda vida, pela família que constituiu e pelo Estado de Mato Grosso. Ao lado de Garcia Neto, personalidade da história e da política neste Brasil Central, teve importante atuação na valorização da cultura em Mato Grosso, com a visão de divulgá-la Brasil afora. Mulher admirável, realizadora, de humor e energia incomuns e apaixonada por Política.
Maria Teresa Carrión Carracedo