«Porque no estrangeiro tudo é estranho.»
Um irresistível romance, que mergulha em memórias de família e na Roma dos anos cinquenta.
Via San Marino, 12: no rés do chão de um pequeno prédio amarelo, um menino traça caminhos no mapa-múndi que cobre a parede do seu quarto. As náuseas que sentiu durante a viagem de barco entre o Brasil e Itália ficaram para trás, e o desejo de traçar novas rotas cartográficas é deslocado para as ruas de uma cidade inteira por descobrir.
Pela mão de Chico Buarque, somos levados num périplo por uma Roma que já não existe e talvez não tenha existido, a cidade que o recebeu quando, aos seus nove anos, a família se mudou para lá. Vivemos com o autor a aventura de todas as reminiscências do fim da infância: as partidas de futebol com Amadeo, o filho do merceeiro; as saudades do feijão com arroz; as escapadelas da escola; as primeiras erupções do desejo; a paixão juvenil por Sandy L., alimentada por cartas e bilhetes românticos.
Montado na sua bicicleta niquelada, Chico Buarque ziguezagueia pelas ruas da Cidade Eterna num equilíbrio delicado e irresistível entre memória e imaginação, compondo uma narrativa sedutora e comovente, que abre as portas ao passado e a todos os mundos possíveis. Bambino a Roma é uma deliciosa aguarela de lugares, recordações e sonhos.
Os elogios da crítica:
«Um livro que resgata o que sobra do que o autor foi esquecendo. E que o faz recorrendo à imaginação, à ficção. Há nestes capítulos, lapidares e envolventes, coisas que aconteceram mesmo e coisas que talvez tenham acontecido. Umas não são mais verdadeiras do que as outras. E todas se dissolvem igualmente com a passagem do tempo. O que nos remete para o grande achado narrativo desta obra: a extraordinária cesura entre duas épocas.»
José Mário Silva, Expresso
«As obsessões, o desejo e a verdade em cada mentira: este é o samba na literatura de Chico Buarque. [...] Tratando a vida com uma ligeireza que não se conhece em Portugal, Chico Buarque mostra mais um livro que o prova como multifacetado, denso, sem manias. A beleza literária nunca morre.»
Ana Bárbara Pedrosa, Observador
«Um romance de memórias, uma memória romanceada, que nos dá conta de um bambino a descobrir o mundo, a diferença [...] e os seus talentos [...]. Também a confrontar-se com os mistérios da vida [...]. Uma criança, no fundo, a criar as bases do futuro músico [...] e escritor. E é esse mesmo escritor que regressa já velho, física ou ficcionalmente, ao lugar onde fora feliz em busca da inquietação que estas memórias continuam a suscitar-lhe. Em Roma, a sua infância permanece aberta.»
Jornal de Letras
«Nesta cartografia da memória, alegrias e paúras da infância se misturam, reavivando um cotidiano quase mágico […]. Vibrante água-forte de lugares e sonhos, traçada pelo 'escritor atormentado' numa língua de várias fontes.»
Maurício Santana Dias
«Chico Buarque mira os tempos idos para narrar e curtir a infância em Roma, como se assistisse a um filme em que todos os personagens aparentam estar de passagem por lá. 'No estrangeiro', ressalta ele, 'é tudo estranho'. No passado, o bambino brasiliano largara mão da ideia de um diário, sugerido pela mãe. Optava pelo esquecimento, que abriria espaço para a imaginação ficcional cobrir as lacunas da memória.»
Silviano Santiago
«Chico Buarque escreve como um homem que segura um cigarro numa mão e uma bebida na outra. Ombros caídos, fato de linho amarrotado. Juntamo-nos a ele no bar para lhe ouvirmos as histórias de aventuras.»
Los Angeles Times
Título : Bambino a Roma
EAN : 9789895833122
Editorial : Companhia das Letras
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