HENRIK JOHAN IBSEN, dramaturgo, poeta e encenador, nasceu a 20 de março de 1828 em Skien, na Noruega, numa família da classe média alta , de comerciantes bem-sucedidos. Aos quinze anos, altura em que abandonou os estudos para se tornar aprendiz de farmacêutico na cidade de Grimstad, começou a escrever as primeiras peças. Decide dedicar-se definitivamente à escrita depois de ter falhado os exames para ingressar na Universidadede Cristiânia, atual Oslo. Em 1850, com apenas vinte e dois anos, publica, sob pseudónimo,
Catilina e
Túmulo de Guerreiros. Mudou-se para Bergen, para trabalhar no
Det Norske Teater, onde foi responsável pela escrita, encenação e produção de centenas de peças, e, mais tarde, regressou à capital para ocupar o cargo de diretor criativo do Teatro de Cristiânia. Durante esses anos, continuou a escrever, mas a sua produção não encontrava eco na crítica. Em 1858, casa-se com Suzannah Thorensen, com quem tem um filho, Sigurd. Em 1864, desencantado com o país e pela situação financeira que vivia, abandonou a Noruega e estabeleceu-se em Sorrento, na Itália. Foi aí, no ano seguinte, que escreveu
Brand, a peça que inaugurou o seu sucesso literário, a que se sucedeu
Peer Gynt, considerada a sua
magnus opus, e para a qual Edvard Grieg compôs a famosa suite homónima. Em 1868, Ibsen, já um dramaturgo reconhecido e estabelecido, então a viverna Alemanha, inaugura a fase realista da sua obra com
Os Pilares da Sociedade (1877), a que se seguiu
Casa de Bonecas (1879), peça que lhe granjeou o reconhecimento internacional, e
Um Inimigo do Povo (1882), uma tríade de dramas sociais que denuncia o moralismo vigente.
Patos Selvagens (1884),
Rommersholm (1886) e
Hedda Gabler (1890) constituem a fase final da produção de Ibsen, considerado um dos dramaturgos mais influentes da literatura ocidental e o autor mais vezes levado à cena desde Shakespeare. Observador atento da sociedade e crítico feroz do moralismo atávico do final do século XIX, antecipou muitas das críticas sociais e controvérsias modernas com um sentido poético singular.
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