Crónica da contemporaneidade, radiografia do fim dos tempos, saga de família, narrativa de autodescoberta: um Origami onde cada vinco conta a sua história.
«Monto o origami de um avião. Eu sou o avião de papel, o meu próprio corpo papel. Os braços são importantes porque são as asas. Quando a dor aperta, faço um origami de mim mesmo. […] Desta vez deitei-me no chão, pernas e braços em ângulo agudo, os cotovelos e os joelhos no chão, os pés no ar eram a cauda branca do avião. Estou descalço e esbracejo, as mãos imitam pássaros feridos. Com asas e cauda, sou quase todo avião. Tento espalmar-me no chão, fininho, feito japonês. Não consigo, afinal sou criança, não folha de papel.»
Neste romance, somos conduzidos por caminhos que divergem, que se cruzam e voltam a separar-se, e que confluem num território partilhado entre narrador e leitor, como num jogo de espelhos: Origami é uma história de família e de desencontros emocionais, ao mesmo tempo que é a narrativa de autodescoberta de um rapaz em busca de si mesmo e do seu lugar, numa trama que se desdobra ainda em retrato social, em crónica da contemporaneidade, em quebra-cabeças de um crime, em radiografia do fim dos tempos.
Servindo-se do tom despojado a que o autor nos vem habituando — ora ácido, ora melancólico —, Origami fala-nos da solidão acompanhada, essa grande doença do século, mas também nos confronta com o incomensurável drama coletivo das migrações. Pelo meio, há um misterioso homicídio para resolver. Ao dirigir a luz para lugares quase sempre cheios de sombra, este é um livro inesperadamente libertador.
Os elogios da crítica:
Sobre Origami:
«Origami é um livro político, não no sentido aristotélico do termo, mas no sentido moderno e abrangente. Uma lúcida biografia dos nossos tempos.»
José Riço Direitinho, Público
«O que mais surpreende é a escala e o fôlego do projeto literário de José Gardeazabal.»
José Mário Silva,Expresso
Sobre A mãe e o crocodilo:
«Há nos romances de José Gardeazabal uma vontade de mapear as tensões do nosso tempo, em particular como as convulsões políticas e sociais condicionam o indivíduo, quer se trate da divisão entre Ocidente e Oriente, da pobreza, de um vírus desconhecido ou de muros que separam as pessoas.»
Luís Ricardo Duarte, Visão
Sobre Quando éramos peixes:
«Um livro extraordinário — ninguém escreve com esta estranheza, inteligência e talento em Portugal.»
José Riço Direitinho
Sobre Quarentena — uma história de amor:
«[Um livro que,] pela sua qualidade literária e originalidade estrutural, e também pelo testemunho que as páginas sumariam, cristalizará este tempo estranho transfigurado na memória estética da Literatura.»
Miguel Real, Jornal de Letras
Sobre A melhor máquina viva:
«Uma alegoria inteligente sobre o capitalismo, a pobreza, a literatura e a vida. Se necessário fosse, o segundo romance de José Gardeazabal vem confirmá-lo como uma das grandes vozes da literatura portuguesa.
José Riço Direitinho, Público
«Mereceria integrar as antologias dos melhores textos da literatura portuguesa de todos os tempos.»
Miguel Real, Jornal de Letras
Sobre Meio homem metade baleia:
«A ironia em José Gardeazabal não é subtil, antes evidente, exagerada, declarada como recurso feroz de procura de sentidos, com vontade de baralhar, e de em extremo ser capaz de alterar fronteiras entre utopia e distopia.»
José Riço Direitinho, Público
Título : Origami
EAN : 9789895833528
Editorial : Companhia das Letras
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